A Polícia Civil do Paraná, por meio do 2º Distrito Policial de Ponta Grossa, concluiu uma investigação que desvendou um sofisticado esquema de furto qualificado, praticado por um ex-funcionário de um posto de combustíveis da cidade. O golpe, que se estendeu entre março de 2024 e maio de 2025, causou um prejuízo estimado em R$ 338.669,26 à empresa.
Com acesso ao sistema de vendas e emissão de notas fiscais, o investigado — um homem de 42 anos — se aproveitava da confiança depositada em sua função para manipular os valores registrados nas notas fiscais. Em casos de pagamento em dinheiro, ele aplicava descontos que chegavam a 99% nos registros do sistema, mas cobrava normalmente o valor cheio dos clientes, ficando com a diferença. Os primeiros desvios foram pequenos, iniciando com R$ 20,00 em março de 2024, mas os valores cresceram gradativamente, alcançando até R$ 39 mil por mês nos estágios finais do esquema.
A fraude veio à tona após um cliente questionar os descontos aplicados em sua nota fiscal. A partir disso, a empresa realizou uma auditoria interna, identificando o padrão fraudulento. Após ser confrontado, o funcionário negou qualquer envolvimento, mas foi demitido por justa causa.
Com base nas provas reunidas, a Polícia Civil solicitou e obteve junto ao Poder Judiciário o bloqueio de bens e valores do investigado, incluindo contas bancárias, aplicações financeiras, veículos e imóveis. Ele foi formalmente interrogado e o inquérito concluído foi encaminhado ao Ministério Público.
O ex-funcionário irá responder pelo crime de furto qualificado pela fraude, previsto no artigo 155, §4º, inciso II, do Código Penal, cuja pena varia de dois a oito anos de reclusão, além de multa.
Via: Redação R42 - Foto: Divulgação
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